De porre... Tenho sede do mundo...
E ele me bebe até a última gota... Me seduz, me usa, me descarta... Me indaga sobre o que nunca aprendi... Me despe só de olhar de canto... Me envolve com seu encanto... Carrega meu juízo de vez em quando... Não trás de volta nunca... Deixa tudo desarrumado... Ponho tudo no lugar e me arrependo... Gosto do que faz. Não me entendo... Reclamo da desordem mas não vivo sem... Tudo de pernas pro ar meu pensamento flui... Na zona que deixa quando sai da minha cabeça... Ficam marcas pra que eu não me esqueça... Que vai me beber até que enlouqueça... Sou bebida forte... De grande porte... Alto teor alcoólico... Seque a garrafa e se embreague... Perca a direção, deixe desandar... Eu também sei virar o mundo de pernas pro ar...
Inverso do mundo Vejo alguém chegando mansinho...
Quase de fininho pronto pra ficar... Não vejo nenhuma mala, nenhuma olheira... Não vejo uma ida também nenhuma desculpa pra voltar... Não sei o que sinto nem se minto pra não me magoar... Tenho inseguranças, também esperanças de tudo se firmar... Não ligo pro tempo, só pra este momento... Não tenho certeza se é de verdade... Não sei ao certo se é só por vaidade... Ou se é por destino... Será debaratino de um coração que não sabe bater? Que bate descompassado... A vezes lento, as vezes apressado... Uma vida inteira sem bater seria desperdício pra valer... Tento ir bem fundo... Disparo palavras ao mundo... Na tentativa de fazer algum sentido... De surtir algum efeito... De controlar meu peito que não para de gritar... Um nome que não ouço... Um desejo que sufoco sem pensar... Sentido faria se eu pudesse me ouvir pensando... Que acho que estou apenas tentando ser feliz...
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