terça-feira, setembro 04, 2007

De porre...


Tenho sede do mundo...
E ele me bebe até a última gota...
Me seduz, me usa, me descarta...
Me indaga sobre o que nunca aprendi...
Me despe só de olhar de canto...
Me envolve com seu encanto...
Carrega meu juízo de vez em quando...
Não trás de volta nunca...
Deixa tudo desarrumado...
Ponho tudo no lugar e me arrependo...
Gosto do que faz. Não me entendo...
Reclamo da desordem mas não vivo sem...
Tudo de pernas pro ar meu pensamento flui...
Na zona que deixa quando sai da minha cabeça...
Ficam marcas pra que eu não me esqueça...
Que vai me beber até que enlouqueça...
Sou bebida forte...
De grande porte...
Alto teor alcoólico...
Seque a garrafa e se embreague...
Perca a direção, deixe desandar...
Eu também sei virar o mundo de pernas pro ar...

1 Commentários:

Anonymous AnônimoDisse...

Muito gostoso o que escreve, bem cadenciadado. E sobre este poema especificamente, realmente o mundo nos vira de pernas pro ar, e concordo que prcisamos virá-lo também de vez em quando. O caos absoluto é o que há, pois um segundo vivido não volta atrás, mas podemos bagunçar o próximo, reescrevê-lo e bebê-lo. E Que a vida seja cheia de boas ressacas.

8:01 PM 

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